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quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

2010... (?)

É, estamos nos aproximando de 2010, faltam 2 horas aqui no relógio.

A  gente se acostuma a só somar um ao ano passado e pronto, essa é a data. Faz sentido, depois de um ano vem o seguinte, estávamos em 2009, agora estaremos em 2010.

2010, 2009, 2008, 2007, 2006 (maldita frança), 2005, 2004, (...), 2002 ( \o), (...), 1998 (maldita frança), (...), 1807 ( VIVA A FRANÇA), (...), 1500, (...), 800, (...), 700, (...), 300, (...), 20, (...), 3, 2, 1... 0?

O ano zero. Quando foi mesmo? Ah é, quando jesus nasceu. Mas espera um minuto... tinha coisa antes de jesus. Aquela porra de A.C., que só serve pra fazer a coisa minimamente mais complicada, pegadinha de questão da 2ª série do ensino fundamental. "Um filho nasceu em 20 A.C. e o seu irmão em 30 A.C., qual é o mais velho?" - "ahh, deve ser o de 20 né? 20 vem antes...".

Mas então, beleza... o cara nasceu.. legalzão.. maaas, precisava mudar o calendário por causa dele?! Mesmo pq jesus não quer dizer nada pra um ... sei lá, um EU da vida, ou qualquer não-cristão, enfim.

Isso é altamente irrelevante até certo ponto, mas serve para mostrar como as coisas se acomodam e ficam como são, e ninguém questiona. Não que eu esteja boladasso com isso, não. Mas é meio uma coisa que me incomoda.. assim como me incomoda que coisas como ternos ainda não foram abolidos (pelo menos no Brasil, e países tropicais em geral). São desconfortáveis, quentes, caros e não-funcionais. Mesmo assim eles são como um tabu, como se não existisse a menor possibilidade de os abandonar, nem uma alternativa melhor.

Bom, por hoje é só. Feliz (23:59:59 ~ 24:00:00), se você tem alguma intenção de comemorar a passagem de um segundo.

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terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Ahh, férias.

Finalmente eu vou voltar a escrever aqui. Não que minhas féria tenham demorado tanto pra começar, mas é que particularmente eu tenho coisas mais divertidas para fazer do que ficar aqui sentado na frente do pc. Não que isso aqui não seja divertido, afinal se não fosse eu não faria, mas existem coisas ainda mais divertidas que durante as férias ficam mais viáveis de serem feitas.


Mas agora que eu já subi a pedra da gávea mais 8234252 vezes, joguei futebol, fui ao cinema, andei de bicicleta até quebrar ela (infelizmente), sai pra beber, montei uma mesa de luz, capturei mais insetos pro meu tubo-de-tortura-de-insetos e fiz todo o resto das coisas que estava com saudade, vamos ao assunto de hoje.

Eu acho que ainda não comentei que sou um estudante de design, agora aprovado para cursar o 3º período. No meu período passado (2º, caso você não saiba contar), por ser cursado numa faculdade "católica" -PUC-  obriga que os alunos tenham aulas relacionadas a religião, que é uma coisa teóricamente agradável para mim. Então tive eu aula de "O homem e o fenômeno religioso". A aula não era interessante at all, eu estava super empolgado para discutir religião, mas o nosso professor (que é padre) infelizmente só passava textos com um questionário no final. Respostas tipo interpretação/copy-paste. Então eu comecei a faltar as aulas e só chegar no final delas para a chamada, porra, a aula começa as 11 da manhã, e pra eu chegar na puc a essa hora tenho que acordar no máximo as 9, só pra chegar lá ter 1 hora de aula e ficar esperando até começar a próxima. Mas mesmo assim gabaritei a prova escrita que valia a primeira nota simplesmente escrevendo o oposto do que eu realmente penso (é engraçado, considerando que um monte de gente que se esforçava na aula dele não gabaritou).

Ai que chega a parte que eu queria discutir monologar sobre. Para a segunda nota, tinhamos de  nos reunir em grupos e estudar uma forma de manipular pessoas religião, para depois apresentá-la a turma. Por motivos alheios a minha vontade ficamos com o judaísmo. Mas não é do meu trabalho que eu quero escrever, mesmo que ele tenha sido bem decente e merecedor do 9,5 que recebeu.

Eu assisti a apenas duas apresentações, além da minha própria (fiquei sabendo que ele não estava fazendo chamada, e minha cama realmente me pareceu ter mais a acrescentar do que meia dúzia de colegas de classe). Budismo e Espiritismo, essas foram as apresentações que presenciei. Budismo foi tranqüilo, o grupo fez umas florzinhas de papel muito bem feitas distribuindo-as para a turma e apresentou de uma forma leve, sem exagerar em textos intermináveis e de relevância duvidosa. Diga-se de passagem que budismo é idiota. Pelo que eu entendi o fundador era um príncipe que nem sabia que existia sofrimento fora dos muros do palácio dele... enfim.

Agora, o grupo de espiritismo... foi realmente deprimente.


O fundador do espiritismo se tornou o dono desse título depois de estudar aquele bagulho dos copos que se "mexem sozinhos", saca? Pra começar, se mexessem sozinhos não precisava colocar a patinha, né? Enfim, não é nem esse o ponto.

Então o cara começou a desenvolver uma bíblia que era tipo uma compilação de coisas da bíblia cristã, adaptando umas paradas e adicionando outras. No meio dessa suruba de idiotices ele chegou a adicionar coisas daquele papo de.. platão acho, de mundo das idéias, que seria o mundo perfeito onde os espíritos mais evoluídos vivem.

Resumindo a bobajada, quando um ser morre o espírito dele migra para outro corpo, e tem toda uma merdinha de influência das suas outras vidas na sua atual.. o carma. Ou seja, se você tá se fudendo atualmente é provável que numa vida passada você tenha roubado um banco, ou algo do gênero... agora, já  aquele mendigo que você vê na rua bebendo álcool de cozinha foi o Hitler um dia.

Eu ainda vou comentar isso aí, mas antes eu queria reproduzir uma pérola que foi dita durante a apresentação, acho que no início inclusive... "O espiritismo é uma mescla de religião e ciência". Por um segundo eu achei MUITA graça, mas aí eu me dei conta que vinha muito mais de onde aquilo tinha vindo, então eu comecei a ficar preocupado. E meus receios se confirmaram, durante a apresentação eu tive que me segurar muito para não interromper aquele festival de contradições e apontar uma coisa absurda ou outra.

De qualquer forma no fim veio a chave de bosta, alguém teve a brilhante idéia de dizer "Eu acho que não deve ter nenhum espírita aqui, tem?" e, como a lei de murphy é cruel e absolutamente sádica, uma garota meio gordinha ergueu a mão. Questionada sobre uma coisa ou outra, acabou dizendo também que é médium (tipo o padre do espiritismo, mal comparando) e aí começou a explicar mais coisas idiotas e sem fundamento sobre como funciona a coisa dos espíritos "incorporarem"... e uma história de segunda pele, e psicografia e toooda essa baboseira interminável. Uma verdadeira tortura, sério.


Mas agora uma pequena análise que eu fiz imediatamente quando ouvi a coisa do carma. Ok, vamos supor que eu tenha sido um mau menino em uma outra vida. Agora minha vida é uma merda, eu só me fodo e nada dá certo. Tá. Como eu não conheço o espiritismo eu nunca vou saber que eu levo uma vida de merda por ter sido um babaca na minha ante-vida (mesmo pq eu não me lembro dela). Resultado? Provavelmente eu vou me emputecer e fazer o mal só pra ver outros se fuderem junto comigo. Num gráfico, minhas vidas seriam tipo... boazinha, razoável, ruim, péssima, terrível, subhumana, inominável... e verme. Isso é estupidamente anti-pedagógico e um sistema que "privilegia" os que por alguma razão conhecem o espiritismo (obviamente partindo do princípio de que essa merda seria verdade). Não só eu não vou aprender com o "erro", como vou repeti-lo cada vez mais intensamente. Eu ainda fiz o gráfico com "períodos de vida" intencionalmente cada vez mais curtos, para mostrar que além de tudo você provavelmente vai morrer mais cedo.

 [comentário idiota opcional e não recomendado para a manutenção da minha moral] se nosso tempo de vida diminui a medida que erramos ao longo de nossas vidas passadas tendemos a virar moscas e seres do gênero, enquanto os mais iluminados e bons tendem a virar tartarugas e elefantes =P [/comentário idiota opcional e não recomendado para a manutenção da minha moral]

Ai ai, como eu adoro escrever essas coisas.
Acho que já deu pra um /post
religilarious